Livros Lidos: Janeiro


Segue abaixo a lista de livros lidos no mês de janeiro por Júlia, Laura e Laís :)





          A Revelação do Súcubo          Anjo Mecânico          Belo Desastre
Divergente                                                                                                             
                                      

Seguindo a ordem dos livros e seus respectivos autores:


  • As Vantagens de Ser Inisível, de Stephen Chbosky;
  • A Revelação do Súcubo, de Richelle Mead;
  • Anjo Mecânico, de Cassandra Clare;
  • Belo Desastre, de Julie McGuire;
  • Divergente, de Veronica Roth;
  • Quem é você, Alasca?, de John Green;
  • O Beijo mais Sombrio, de Gena Showalter;
  • Estilhaça-me, de Tahereh Mafi;
  • Sob a Luz da Lua, de Andrea Cremer;
  • A Sombra do Súcubo, de Richelle Mead;
  • A Culpa é das Estrelas, de John Green;
  • Círculo Secreto, vol. 2: A Prisioneira, de L. J. Smith;
  • Delírio, de Lauren Oliver;
  • Destino, de Ally Condie;
  • Fome, de Michael Grant;
  • O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss;
  • O Herói Perdido, de Rick Riordan;
  • O Mar de Monstros, de Rick Riordan;
  • Os Sete Selos, de Luiza Salazar;
  • O Último Olimpiano, de Rick Riordan;
  • A Batalha do Labirinto, de Rick Riodan;
  • O Filho de Netuno, de Rick Riordan;
  • A Ascensão dos Nove, de Pittacus Lore;
  • Ídolo Teen, de Meg Cabot;
  • Aura Negra, de Richelle Mead;
  • O Beijo das Sombras, de Richelle Mead.

Resenha: Graceling


Nome: Graceling - O Dom Extraordinário
Autor: Kristin Cashore
Editora: Rocco
Assunto: Literatura Estrangeira - Romances
Ano: 2011





Sinopse: A jovem guerreira Katsa tem olhos de cores diferentes: um azul e outro verde. Esta peculiaridade não ressalta apenas a beleza da jovem, mas também a marca de um verdadeiro graceling, alguém com um dom extraordinário. Alguns são excelentes nadadores, dançarinos, cozinheiros, matemáticos. Mas o dom de Katsa é diferente e único: ela possui a habilidade de lutar e matar. Por causa disto, é usada como assassina pelo cruel rei de Middluns, o seu próprio tio. Consumida pela culpa, Katsa cria o Conselho, uma confraria a partir da qual passa a promover missões secretar para previnir injustiças e lutar pela liberdade. Cashore retrata habilmente as crises, descobertas e angústias de Katsa. Evitada e temida pelo seu Dom, a jovem luta com questões de liberdade, verdade e lealdade enquanto tenta sair do domínio maligno de seu tio. Uma tarefa complicada para quem cresceu sem muitos amigos. A reviravolta na vida de Katsa começa quando conhece um misterioso jovem, durante uma missão de resgate orquestrada pelo Conselho. De volta para Middluns, Katsa descobre que Po é o mais jovem dos herdeiros do reino de Lienid, neto do ancião que resgatou e também um graceling. Diferentemente dos outros, Po não a teme e se mostra capaz de olhá-la nos olhos. E com seu misterioso dom, parece ser o único capaz de enfrentar Katsa em combate. Juntos, os dois partem numa aventura para encontrar o responsável pelo sequestro do avô de Po e descobrem muito mais do que esperavam sobre seus dons, suas vidas e sobre o futuro de todos os 7 reinos. Com uma escrita elegante e personagens inesquecíveis, Kristin Cashore cria uma fantasia empolgante, uma aventura que desafia a própria morte, e uma belíssima história de amor.


A Dama Assassina




  Nessa história, não apenas o dom é extraordinário: o enredo, os personagens, a construção do cenário, as aventuras e a escrita também são. O ambiente é antigo e mágico, dividido em sete reinos: Nander, Wester, Middluns, Estill, Sunder, Monsea e Lienid. Logo nas primeiras páginas, há um mapa (veja aqui), que ajuda muito a entender as descrições feitas pela autora no decorrer do livro.  O reino em que a protagonista, Katsa, mora é Middluns, cujo rei é seu insuportável e malvado tio Randa. Domada por Randa como um cão raivoso, Katsa faz o trabalho sujo do tio, ameaçando (ou matando e mutilando) os inimigos e devedores, por vezes inocentes, do Rei.
  Perturbada pela injustiça que é obrigada a cometer, Katsa cria um grupo às escondidas, o Conselho. Tal grupo reúne os poucos amigos de Katsa, alguns membros influentes da nobreza e até mesmo plebeus, que juntos organizam expedições secretas visando ao Bem dos Reinos. Em uma dessas missões, é atribuído a Katsa o dever de resgatar um príncipe Lienid, que estava trancafiado nas masmorras de Sunder, do Rei Murgon. A expedição ocorre quase perfeitamente; Katsa consegue se localizar nos labirintos das masmorras, libertar o príncipe e nocautear todos os Guardas de Murgon. Um impreviso, entretanto, ocorre: enquanto fugia do castelo, Katsa topa com outro Graceling, que possuía o Dom de lutar. Assombrada e animada por finalmente encontrar um combatente de seu nível, luta com o Graceling, que se revela um Lienid. Como acreditava que seria hipócrita ao salvar um Lienid e matar outro, a protagonista apenas o deixa desmaiado - mas não antes de encontrar seus olhos e sentir uma inexplicável atração. 
  Dias depois do transcorrido, tudo corria bem. Katsa passava o tempo no castelo de seu tio Randa, lutando contra (e vencendo) uma dezena de homens completamente armados ao mesmo tempo, treinando arco e flecha, arremessando facas... Até que, durante um jantar, algo inusitado ocorre. Katsa é apresentada ao Príncipe Verdejante (vulgo Po), o mais jovem herdeiro de Lienid, e o reconhece como o garoto Graceling que deixou desmaiado no castelo de Murgon. Chocada, a protagonista foge do jantar e vai treinar arco e flecha - e é surpreendida pela observação de Po durante seu treinamento. Depois de algum tempo, Po revela que a reconhece da noite do resgate e que o príncipe Lienid que ela havia resgatado durante a missão era seu avô. O Príncipe também a conta que, desde que seu avô fora raptado, estivera procurando pistas sobre os responsáveis pelo desaparecimento - e que havia descoberto, pouco antes de Katsa salvar o Lienid, onde ele estava trancafiado. Passando de reino em reino a procura de seu avô, Po havia encontrado Katsa, e a inexplicável atração sentida pelos dois voltara. A partir da data do reencontro, a amizade, bem como o amor, entre Katsa e Po cresce rapidamente, e os dois começam a passar a maior parte de seu tempo juntos, lutando todos os dias, e acabam apaixonando-se. 
  Neste meio tempo, Katsa continua a servir seu tio como assassina e mutiladora, e sua revolta aumentava a cada trabalho sujo que era obrigada a realizar. Num dia, seu ódio pelo Rei supera o medo e a obrigação familiar, e a protagonista se recusa a continuar sendo o cão raivoso de Randa. Voltando ao castelo, Katsa encara seu enfurecido tio, anunciando que partirá do castelo e que se juntará a Po na missão de descobrir os raptores do avô dele. 
  A partir deste ponto, a verdadeira história do livro se desenrola. Aventuras, descobertas a respeito do Dom de Katsa, lutas pela sobrevivência e episódios de romance acontecem, apimentando ainda mais o magnífico enredo de Kristin Cashore. O desfecho do livro cobre muito bem o fim de um episódio, mas a saga abre portas para outra história; a espera pelo segundo livro, Fogo (veja as capas aqui - BR e aqui - EUA), é atormentadora. 



Resenha: Delírio


 Nome: Delírio
 Autor: Lauren Oliver
 Editora: Intrínseca
 Assunto: Romance
 Ano: 2012




Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar - mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?


Amor deliria nervosa



  Primeiramente, a autora merece parabéns pela criatividade: nunca havia lido sobre um lugar em que existia cura para o amor antes. Apesar de que, em certos casos, a tal cura não funciona... E assombra as futuras gerações - como no caso da mãe de Lena. 
  Lena sempre foi a favor da cura, tanto por ter visto sua irmã sofrendo os sintomas da doença do amor, quanto por ter havido na família um suicídio motivado pela doença. Sua rica, loira, linda e perfeita amiga Hannah, por outro lado, acreditava no amor - e desafiava todas as leis da sociedade para lutar contra a cura.    
  Surpreendentemente, em um dos dias mais importantes da sua vida - quando ela finalmente seria Avaliada (física e mentalmente) -, a protagonista se rebela: encontra beleza no trágico amor entre Romeu e Julieta, afirma que sua cor preferida é cinza...  e começa a se apaixonar. No meio desse tão importante dia, um ataque de Simpatizantes acontece, e vacas são soltas nos laboratórios, interrompendo (e adiando) as Avaliações. 
  Antes que a situação fosse controlada, Lena vê algo inesperado: um garoto parado no Observatório, gargalhando a respeito do acontecimento - e piscando para ela antes de ir embora. Neste momento, a protagonista percebe que, ao rir, o garoto estava se entregando como um Simpatizante, ou seja, estava envolvido no estranho acontecimento.
  Mais tarde, enquanto corria com sua melhor amiga (Hannah), as duas se aventuram pelos depósitos dos Laboratórios - e encontram o mesmo garoto que Lena viu rindo durante sua Avaliação, o lindo, incrível, maravilhoso e Selvagem Alex. 
  A partir desse encontro, a estória se desenrola: Lena se apaixona cada vez mais por Alex e passa a se revoltar contra o governo, indo a festas clandestinas, escutando músicas proibidas, dançando, fugindo de casa depois do toque de recolher... Enfim, a protagonista antigamente certinha se transforma em uma autêntica rebelde.

  O livro como  um todo é muito bom, as aventuras são emocionantes, a escrita é deliciosa e fluida, muito rápida e fácil de se ler. Confesso que a Lena não me encantou tanto, há momentos em que ela é muito chatinha, mas sua personalidade evoluiu bastante no decorrer do livro. Já o par romântico dela... caramba, acho que todas babam pelo Alex. O estilo dele me lembrou um pouco do Jace, de Instrumentos Mortais, um badboy meio cute.          
  As cenas de romance entre Lena e Alex (Lelex!) são INCRÍVEIS, muito bem descritas, sempre proibidas, às escondidas e com uma vibe eletrizante. Há ainda Hannah, a melhor amiga perfeitinha que, apesar de ser uma personagem clichê, está sempre lá para Lena, instigando-a em novas aventuras e acobertando suas saidinhas românticas. Por fim, duas mulheres no livro me irritaram baaaaaaaaaastante: tia Carol e Rachel. Poxa, as duas parecem robôs, são muito chatas e, mesmo que estejam fazendo merda, acreditam estar criando o melhor futuro para Lena. 

  A estória é emocionante, romântica, trágica e extremamente triste no final... Acho que todos aguardamos ansiosamente pelo próximo volume, Pandemonium, já lançado nos EUA (veja a capa aqui). Fiquei bastante contente com o livro - apesar de ter detestado o fim -, a autora superou todas as minhas expectativas. Na verdade, já devia ter previsto algo excelente; afinal, ser best-seller do NYT na semana de lançamento não é pouca coisa.